Na leitura rápida, a memória funciona a curto prazo. É como quando alguém diz a placa do carro ou o número do telefone. Para não esquecê-los, temos duas saídas — repeti-los muitas vezes, ou anotá-los. Mais: a cabeça retém melhor o que vem primeiro. Daí a importância da ordem direta. Na frente, o mais significativo. Atrás, o secundário. Sujeito + verbo + complemento é a fórmula:
Bolsonaro elogiou o filho na entrevista de ontem no Palácio do Planalto.
A ideia substantiva — Bolsonaro elogiou o filho — abre o enunciado. É ela que ficará retida na memória. O complemento tem importância secundária. Se algum pormenor se perder, não comprometerá o recado.
Compare:
Na entrevista de ontem no Palácio do Planalto, Bolsonaro elogiou o filho.
A informação mais importante perdeu-se na rabeira da frase. Azar do leitor.
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