A torcida era grande. Todos queriam comemorar os 105 anos do arquiteto-escultor. Seria em 15 de dezembro. Não deu. Os jornais lamentaram o fato. Ao anunciar a partida do gênio das curvas, alguns escreveram “há 10 dias do aniversário, Oscar Niemeyer partiu”. Bobearam.
Na contagem de tempo, o verbo haver só tem vez na indicação de passado: Oscar esteve em Brasília há quatro anos. Há 52 anos, o Brasil ganhou nova capital. A Torre Digital, última obra de Niemeyer no Distrito Federal, foi inaugurada há seis meses.
Na indicação de tempo futuro, abrem-se alas para a preposição a: Niemeyer foi pro céu a 10 dias de completar 105 anos. Daqui a pouco o mundo homenageará o arquiteto que revolucionou o século 20. Estamos a 20 dias do Natal.
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