“UIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII! Estamos no Canadá?”, perguntam gaúchos e barrigas-verdes. Com razão. A paisagem amanhece vestida de branco, os lagos congelados, as árvores frias e paradas, imobilizadas da raiz à copa. Os termômetros marcam -3º, mas a sensação térmica é de -15º.
O frio ensina uma lição. Verbos que indicam fenômenos da natureza são impessoais. Como as árvores paralisadas, mantêm-se paradinhos. Só se flexionam na 3ª pessoa do singular. (Chove. Faz frio. Neva. Troveja. Amanhece. Anoitece.) Um deles adora pregar peças. É fazer. Ele leva o falante descuidado a pensar que está diante de criatura regular, igualzinha à maioria das criaturas do time em que ele joga.
Olho vivo! Na contagem de tempo ou indicação de fenômenos da natureza, fazer é impessoal. Só aparece na 3ª pessoa do singular: Na Região Sul, faz muito frio nesta época do ano. Em Natal, faz 25º. Faz meses que visitei São Joaquim, na serra catarinense. No Distrito Federal, faz dois meses que não chove. Valha-nos, Deus! A seca promete ser braba.
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