Quem diria! Jô Soares disse que não tem vez no cinema. Por quê? “Eu não caibo na cadeira”, explicou. Os fãs estranharam o verbo. É caibo mesmo? Os presentes se entreolharam. Os telespectadores correram pras gramáticas. O Gordo terá errado?
Marque a resposta certa:
a. sim
b. não
E daí?
Jô Soares acertou. Caber é verbo irregular. Em alguns tempos, foge ao modelo da conjugação da turma da 2ª conjugação. É o caso de bater, comer e correr. Regulares, eles mantêm o radical e as terminações da equipe. Vale o exemplo do presente do indicativo: bato, bates, bate, batemos, bateis, batem; como, comes, come, comemos, comeis, comem; corro, corres, corro, corremos, correis, correm.
Caber joga em outro time. Criativo, muda ao longo da conjugação. No presente do indicativo, a pessoa diferente é o eu (eu caibo). As outras freqüentam a vala comum (cabes, cabe, cabemos, cabeis, cabem).
O presente do subjuntivo é derivado da primeira pessoa do presente do indicativo. Rebelde, é todo irregular (que eu caiba, tu caibas, ele caiba, nós caibamos, eles caibam).
O pretérito perfeito mantém-se indisciplinado do começo ao fim (eu coube, ele coube, nós coubemos, eles couberam). Os derivados dele também. São o imperfeito e o futuro do subjuntivo (se eu coubesse, se ele coubesse; quando eu couber, quando ele couber).
Os outros tempos não têm novidade. Conjugam-se como vender: vendia (cabia), venderemos (caberemos), venderiam (caberiam).
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