Era uma vez…
Um cego aprendeu a ver com as mãos. Ele tocava uma pétala. Sabia que era uma rosa. Tocava o vidro. Sabia que era uma garrafa ou um copo. Tocava penas. Sabia que era passarinho. Tocava pele. Sabia que eram pessoas.
Um dia levaram um filhote de lobo até ele. O homem que não via com os olhos deveria apalpar o animal e dizer qual era. Ele correu as mãos sobre o bichinho. Correu de novo. Mais uma vez. Depois, disse:
– Não sei se é filhote de lobo ou de raposa. Mas uma coisa eu sei. Ele não é bem-vindo num curral de ovelhas.
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Paulo é pra lá de briguento. Quando encontra uma pessoa, arma confusão e parte pro pau. Um dia, tropeçou em Carlos. Carlos pediu desculpas. Paulo não aceitou. Carlos não criou problemas. Aproveitou o movimento e caiu fora.
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Moral da história: cada um é o que é e não muda de uma hora para outra.
A língua é pra lá de sociável. Conversa sem se cansar. E, no vai e…
Porcentagem joga no time dos partitivos como grupo, parte, a maior parte. Aí, a concordância…
O nome do mês tem origem pra lá de especial. O pai dele é nada…
Terremoto tem duas partes. Uma: terra. A outra: moto. As quatro letras querem dizer movimento.…
As línguas adoram bater papo. Umas influenciam as outras. A questão ficou tão banalizada que…
Nome de tribos indígenas não tem pedigree. Escreve-se com inicial minúscula (os tupis, os guaranis,…