Depende. A gente é a língua informal, descontraída, próxima do falar quotidiano. Monteiro Lobato a chamava de “língua de bermuda e chinelo”. O Aurélio registra a duplinha sem restrições. Cita como exemplo versos do poeta Augusto dos Anjos, que viveu de 1885 a 1914:
De Jesus Cristo resta unicamente
Um esqueleto; e a gente vendo-o, a gente
Sente vontade de abraçar-lhe os ossos.
Provérbio africano diz: “A gente nasce com um montão de palavras na barriga. Na vida, vai gastando o estoque. Quando todas acabam, a gente morre”.
Há quem prefira o pronome nós. A língua é um sistema de possibilidades. Nosso desafio: escolher a mais adequada para o contexto.
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