Vênus é a deusa do amor. Marte, o deus da guerra. Ambos eram casados. Ela com Vulcano, o metalúrgico senhor do fogo. Ele, com Belona, a senhora guerreira. Quando os dois se conheceram, a paixão explodiu incontrolável. Resolveram namorar. Mas não queriam criar problemas em casa. Pensaram. Pensaram. Pensaram. Eureca! Os amantes se encontrariam às escondidas. Disfarçados, escapavam do lar e iam a um lugar que só eles conheciam.
O deus Sol, lá do alto, descobriu tudo. Indiscreto, contou pra Vulcano. “Vingança”, decidiu o marido. A desforra seria cruel, tão cruel que desmoralizaria os infiéis eternidade afora. Ele fabricou uma rede mágica. Ninguém a via. Mas quem caía nela ficava preso para sempre. O traído esperou com paciência. Semanas depois, ao surpreender os dois na cama, jogou a rede e os prendeu. Chamou, então, os deuses do Olimpo para testemunharem a infidelidade. Os amantes se separaram. Mas, depois, se reencontraram. Ele virou o planeta Marte. Ela, o planeta Vênus. No espaço, vivem felizes. Até hoje.
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