Que susto! Nada menos de 17 caititus apareceram mortos no Parque Nacional de Brasília. O que aconteceu? Possivelmente envenenamento. Os popularmente conhecidos por porcos do mato teriam comido sementes destinadas a pesquisas. Deu no que deu.
As vítimas não foram só os simpáticos bichinhos. A língua também sofreu. No noticiário, a torto e a direito apareceu “caititú” — assim, com acento. Bobeira, não? Caititu joga no time de caju, urubu, Aracaju. São todas oxítonas terminadas em u. Dispensam o grampinho sim, senhor.
Confusão
Fácil, não? Mas por que tantos tropeçam? A resposta: confundem Germano com gênero humano. Esquecem-se de que a regra de caju não tem parentesco com a de baú. O xis da diferença é a vizinhança do u. O de baú é antecedido de vogal (ba-ú). O de caju, de consoante (ca-ju). Sem o acento, o au de baú vira ditongo como em berimbau. O agudo faz a mágica. Quebra a duplinha. Diz que o u forma sílaba solitária. O mesmo ocorre com Grajaú (Gra-ja-ú), saúde (sa-ú-de), ataúde (a-ta-ú-de).
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