O papa Francisco avançou no alcance da misericórdia. Antes, para ser perdoada, a mulher que praticou aborto tinha de recorrer ao bispo. Agora o padre pode fazê-lo. Não deixar um ser humano nascer continua crime para a Igreja, mas a absolvição tornou-se mais fácil. “Não há pecado que ultrapasse a misericórdia de Deus”, disse o pontífice.
O anúncio da boa-nova trouxe perplexidade e, com ela, tropeços linguísticos. Confusão de grafia e de regência fez a festa. Dois verbos sobressaíram. Um deles: absolver. O outro: perdoar. Levantar-se e dar a volta por cima é fácil como tirar chupeta de bebê. Quer ver?
Absolver x absorver
Uma letra faz a diferença. Absolver significa perdoar, remir. Absorver, sorver, consumir: Deus absolve os pecados. O juiz absolveu o réu. O esforço lhe absorveu a energia.
Perdoar
O vício de Deus? É perdoar. Daí a generosidade do verbo. Ele pode jogar em quatro times:
3. Transitivo indireto (perdoar a alguém): A Receita perdoa aos devedores. Deus perdoa aos pecadores. Perdoou aos assassinos do filho.
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