A preocupação com a grafia certinha não vem de hoje. Na dúvida, o dicionário quebra o ganho. Sem o paizão por perto, o jeito é encontrar saídas. Uma delas: trocar seis por meia dúzia. A historinha prova: a língua é um conjunto de possibilidades.
O chefe decidiu presentear os subordinados com ovos de Páscoa. Depois da cotação de preços, fez a compra. Pediu que as delícias fossem entregues no escritório. Ordenou, então, à secretária:
– Faça um cheque de R$ 600.
– Como se escreve seiscentos?
– Faça dois cheques de 300.
– Trezentos se escreve com s ou z?
– Não sabe escrever 300? Faça quatro cheques de R$ 150.
– Chefe, o trema foi abolido?
– Pelo amor de Deus, mande pagar em dinheiro. Resposta
E o trema? Está morto e enterrado. A reforma ortográfica deixou a língua órfã das duas asinhas de urubu. Agora o u dos dígrafos gu e qu seguidos de e ou i está livre e solto. Mas nem tudo está perdido. A pronúncia se mantém como se nada tivesse mudado: tranquilo, aguentar, linguística. D
A língua é pra lá de sociável. Conversa sem se cansar. E, no vai e…
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