“Preferi sair a roubar”, disse Márcio Faber. O ex-prefeito paulista explicou assim a renúncia ao cargo para reassumir a profissão de ginecologista. Nota 10 em dobro. Uma para a decisão. A outra para a língua. Ele é um dos poucos brasileiros que conhecem a regência do verbo preferir. Prefere-se uma coisa a outra (não do que outra): Prefiro teatro a cinema. Márcio preferiu sair a roubar. Você prefere avião a carro?
Atenção, marinheiros de poucas viagens. Preferir dispensa o mais. Dizer “prefiro mais sair a ficar em casa”? Valha-nos, Senhor. É a receita do cruz-credo. Melhor manter o bom relacionamento com o português nosso de todos os dias: Prefiro sair a ficar em casa.
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