Centenas de fãs assediavam o bonitão. Queriam um olhar, uma palavra, um toque. Ele, sedutor, não poupava esforços. Falava com uma, sorria pra outra, jogava beijinhos pra todas. A mais ousada comprou flores. Chegou-se a ele e, com malícia, entregou-lhe o buquê. O charmoso agradeceu:
— Muito obrigada, queridas amigas.
As moças murcharam. Decepcionadas, deram-lhe as costas. O atônito desprezado não entendeu nada. Nem desconfiou de que, ao agradecer, pôs a masculinidade em xeque. A razão: o homem diz obrigado. A mulher, obrigada. Ambos respondem por nada.
A língua é pra lá de sociável. Conversa sem se cansar. E, no vai e…
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