A história se repete todos os anos. Prefeitos do Brasil inteiro vêm a Brasília pressionar o governo federal. O que querem? Mais dinheiro. Este ano não foi diferente. Mandatários de norte a sul do país ocupavam a capital. Faixas os aguardavam. Reivindicavam mais qualidade para a educação. Algumas foram mais específicas. Falavam em respeitar o “piso mínimo” para os professores. Piso mínimo? Ops! É baita pleonasmo. O piso é sempre mínimo. Bastava exigir o piso assegurado aos mestres.
Por falar em piso…
O contrário de piso? É teto. O maioral também sofre com as redundâncias. Sempre que se fala no assunto, lá vem o adjetivo “máximo”. Vale lembrar: teto é sempre máximo. O substantivo, sozinho, dá o recado.
Sobre redundâncias
Redundâncias? Mário Quintana pensou no assunto. Escreveu, então, o versinho “Do estilo”. Eis a conclusão a que chegou: “Fere de leve a frase… E esquece… Nada / Convém que se repita… / Só em linguagem amorosa agrada / A mesma coisa cem mil vezes dita”.
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