Andrea Faria leu os posts sobre o infinitovo. Gostou. Sugeriu continuar a caminhada. O tema proposto: infinitivo flexionado. Trata-se de um dos assuntos mais polêmicos da língua. Até hoje, os gramáticos não chegaram a consenso sobre a obrigatoriedade de flexionar tão estranha criatura. Mas concordam em um ponto — respeitar a majestade da clareza. Sua Excelência
A clareza é o princípio básico que orienta os atônitos falantes. A flexão serve pra indicar, sem ambiguidade, o sujeito do processo expresso pelo verbo. Assim, no duro, no duro, só é obrigatória quando o infinitivo tem sujeito próprio, diferente do da oração principal. Compare:
1. Saí (eu) mais cedo para irmos (nós) ao teatro. O irmos dá o recado. Eu saí. Nós vamos ao teatro.
2. Saí (eu) mais cedo para ir (eu) ao teatro. Sem flexão, o sujeito do ir é o mesmo do sair. Eu saí. Eu vou ao teatro.
Viu? Ambos os períodos estão corretos. Mas dão recados diferentes. Veja mais um exemplo do time: Ao sairmos de casa, Maria começou a chorar. Ao sair de casa, Maria começou a chorar.
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