José Fernandes da Costa, de Recife, é leitor atento. Percebe tropeços com a facilidade de quem anda pra frente. Outro dia, ao ler o jornal, bateu os olhos nesta chamada: “O Ministério Público de Pernambuco decidiu, por enquanto, não denunciar o sanfoneiro César Carvalho por lesão corporal leve à Justiça”. Ops! O texto informa que a Justiça foi ferida. Bobeou. A ex-namorada do sanfoneiro é que sofreu as agressões.
“Montaigne”, comenta ele, “disse que o estilo tem três virtudes — clareza, clareza, clareza”. E sugere: “Os redatores poderiam ter escrito assim: O MPPE decidiu, por enquanto, não denunciar o sanfoneiro César Carvalho por lesão corporal leve contra a ex-namorada”.
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