Mais que concordância

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Brasília é a capital dos concursos. Cidade administrativa por excelência, recruta mão de obra de forma democrática. Vale o critério da excelência. Ganha a vaga quem demonstra melhor qualificação. Às vezes, as provas não cobram só conhecimento específico. Exigem malícia. Outro dia, a prova para a polícia apresentou uma pegadinha. A pergunta parecia pra lá de ingênua:
  — Qual a cor do cavalo branco de Napoleão?
  A moçada não pensou duas vezes:
  — Branco.
  Errou. Os candidatos não prestaram atenção a um pormenor. A questão cobrava a cor. A resposta exigia o feminino:
  — A cor do cavalo branco de Napoleão é… branca.
  Em resumo: a questão era de concordância. Mas um pouco mais sofisticada.

Dad Squarisi

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