Pleonasmo? É redundância. Em bom português: desperdício de palavras. É a tal história do subir pra cima, descer pra baixo, entrar pra dentro ou sair pra fora. Subir é sempre pra cima, descer é sempre pra baixo, entrar é sempre pra dentro, sair é sempre pra fora. Pra não cair no pleonasmo, siga o conselho do pai sovina. Meu filho, não saia. Se sair, não gaste. Se gastar, não pague. Se pagar, pague só a sua. É isso. Ao escrever, seja econômico. Escreva só o necessário.
Vale o exemplo. Outro dia, a namoradinha do João Marcelo fez uma proposta a ele. “Quero acrescentar mais amor à sua vida”, ela disse. Acrescentar mais? O garotão sentiu arrepios. Sabe por quê? O mais sobra. Acrescentar é sempre mais. João Marcelo não quis magoar a gatinha. “Eu também quero acrescentar a mor à sua vida”, disse sedutor. Ela entendeu. Como não dizemos diminuir menos, não podemos acrescentar mais. Basta acrescentar.
A língua é pra lá de sociável. Conversa sem se cansar. E, no vai e…
Porcentagem joga no time dos partitivos como grupo, parte, a maior parte. Aí, a concordância…
O nome do mês tem origem pra lá de especial. O pai dele é nada…
Terremoto tem duas partes. Uma: terra. A outra: moto. As quatro letras querem dizer movimento.…
As línguas adoram bater papo. Umas influenciam as outras. A questão ficou tão banalizada que…
Nome de tribos indígenas não tem pedigree. Escreve-se com inicial minúscula (os tupis, os guaranis,…