Izabe Ioshida escreve: “Tenho um filho, Caio, de 6 anos, que está começando o processo de alfabetização. Todos os dias, fazemos leituras da Minha 1ª biblioteca Larousse, entre outras obras. Numa dessas viagens pela letras, restaram várias dúvidas, inclusive levantadas pelo próprio Caio. Quando surgia uma palavra grafada com s, ele lia com som de cê. No entanto, a palavra tinha som de zê. Expliquei que, quando entre vogais, o s tem som de zê. Depois surgiu a mesma dúvida com o x: dei a mesma explicação, mas o Caio me fez perceber, adiante, que estava totalmente errada. O x soava zê. Afinal, quando o x tem som de zê, cê e ch? Valem os exemplos de debaixo e exibia”.
Izabel, ortografia é fixação visual. Quanto mais lemos, mas familiar se torna o emprego de esses, zês, xis e ch. Não é outra a razão por que escrevemos hospital com h. Pouca gente lhe conhece a etimologia. Mas viu tantas vezes a palavra que acabou aprendendo a forma. Parece mágica. Mas não é. É memória.
O mesmo ocorrerá com o Caio. Os olhos dele baterão tantas vezes em debaixo, exibia & cia. que a mãozinha escreverá o xis onde deve ser escrito — sem esforço nem estresse. Por isso não vale a pena lhe encher a cabecinha com regras. Regras são abstrações. Ele não tem maturidade pra compreendê-las. A hora chegará.
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