DAD SQUARISI // dadsquarisi.df@@dabr.com.br
Os dados não surpreendem. Mas chocam. Nada menos de 38% dos universitários não dominam as habilidades básicas de leitura e escrita. A pesquisa do Instituto Paulo Montenegro em parceria com a ONG Ação Educativa prova que o menino é o pai do homem. Os alunos do nível superior são os estudantes que ficam na rabeira de testes de avaliação como Pisa, Enem & cia. Esperar resultado diferente com dados iguais é acreditar em Papai Noel.
Impõe-se, pois, mudança no andar de baixo para que o de cima reaja. Como? A resposta também não surpreende. O salto qualitativo do ensino se baseia, necessariamente, em três pilares. Um: gestão. A administração da escola precisa de profissionalismo. Bom professor em sala de aula não é sinônimo de bom diretor. Outro: professores nota 10. Mestres quebra-galhos, sem qualificação de ponta e alta motivação, formam alunos à sua imagem e semelhança. O último: salário e carreira atraentes. O magistério deve atrair excelências, não excluídos.
Com o velho modelo, o Brasil já avançou o máximo. Para seguir adiante, precisa de novo paradigma. Com ele, melhorará os indicadores. O pleno domínio do idioma fará a diferença. A língua impulsiona a leitura, que desempenha papel central em todas as dimensões. De um lado, desenvolve habilidades que favorecem a aprendizagem nas diferentes áreas do conhecimento. De outro, motiva o aluno a estudar, retém-no na escola e promove progressos pessoais. Por fim, leva à compreensão da diversidade cultural e nos torna mais cidadãos.
Novidade? Nenhuma. Tampouco é novidade a inapetência do Estado em mudar as coisas. Juras de amor à educação não faltam. Mas cadê? Sai governo, entra governo, nada se altera. Saídas existem. A Academia Brasileira de Letras (ABL) tem autoridade para encabeçar campanha em prol do ensino pleno da norma culta nas escolas. Tem autoridade também para publicar a gramática da academia, que serviria de base para as demais. Não só. Que tal a ABL defender o domínio da norma culta como direito humano? A ONU está aberta para abraçar a causa.
A língua é pra lá de sociável. Conversa sem se cansar. E, no vai e…
Porcentagem joga no time dos partitivos como grupo, parte, a maior parte. Aí, a concordância…
O nome do mês tem origem pra lá de especial. O pai dele é nada…
Terremoto tem duas partes. Uma: terra. A outra: moto. As quatro letras querem dizer movimento.…
As línguas adoram bater papo. Umas influenciam as outras. A questão ficou tão banalizada que…
Nome de tribos indígenas não tem pedigree. Escreve-se com inicial minúscula (os tupis, os guaranis,…