No abominável conflito interno na Síria, o governo tem usado caças e helicópteros para bombardear os revoltosos, atingindo também a população civil. Dia desses, os rebeldes conseguiram derrubar um MiG-23. O piloto sobreviveu e foi capturado. Anteontem, abateram um helicóptero Mi-8, sem sobreviventes. E ontem, derrubaram outro caça em voo rasante, ainda não sabemos o tipo. Os dois pilotos se salvaram e foram capturados.
Sempre que a tripulação de um caça consegue se extrair do avião, é por ejeção. Nos MiGs, e todos são de fabricação russa, a alça de acionamento dos assentos fica entre as coxas dos ocupantes. Quando é puxada, cargas explosivas lançam a carlinga para cima. Outras cargas acionam os jatos sob as cadeiras, lançando a cadeira do piloto e o próprio amarrado nela para cima — a 1.000 km/h, fazendo a ejeção.
Em todas as ocasiões de ejeção bem-sucedida, leio nos sites das
agências “o piloto ejetou e sobreviveu” ou “os dois pilotos ejetaram do avião e foram capturados”. Na verdade, “o piloto SE ejetou” e “os dois pilotos SE ejetaram”. Os mecanismos são individuais e dependem do acionamento de cada militar que queira viver.
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