“O povo unido jamais será vencido”, grita a multidão em coro nas ruas de Europa, França e Bahia. Verdade? Parece que sim. A resposta às manestações confirma a força da voz das ruas. A moçada saiu de casa e exigiu a revogação do aumento no preço das passagens. No primeiro momento, prefeitos e governadores das maiores cidades verde-amarelas disseram não, não e não. Pressionados, voltaram atrás. Anunciaram — com cara de pastel e tudo — a vitória do protesto. Viva! Viva! Viva! A multidão comemorou. E deixou lições.
Uma
A primeira tem íntima relação com a internet. Graças às mídias sociais, a sociedade descobriu que não precisa de intermediários. Mandou CUT, UNE & cia. pastar bem longe. O Twitter e o Facebook de muitos convocaram muitos que multiplicaram as chamadas para muitos. Sem limites. Foi a auto-organização. A façanha se escreve assim mesmo — com hífen.
Ela obedece a regra bastante produtiva do emprego do tracinho. Na formação de palavras com prefixos, letras iguais se rejeitam. Pra evitar confrontos, só há uma saída. Mantê-las separadas. Um traço deixa uma lá e outra cá. Assim: auto-observação, micro-ondas, anti-incêndio, super-regional, contra-argumento, sub-bloco.
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