As palavras são passeadeiras. Adoram dar voltinhas na frase. Mas a liberdade de ir e vir tem limites. Acaba onde começam as exigências da clareza e da coerência. Sem observar a baliza, aparecem pérolas como estas: Comprei uma meia de mulher de náilon. Haverá um seminário sobre Aids na Câmara dos Deputados.
A boa norma manda “amarrar” cada termo determinante ao respectivo termo determinado. Mas abusamos das possibilidades da língua. Está na edição de hoje: “…se o país crescer os 0,8% previstos pela maioria dos economistas em 2014…”
Xô, ambiguidade! A previsão não foi feita em 2014. 2014 se refere a crescer. Determinante e determinado devem ficar perto: …se em 2014 o país crescer o 0,8% previsto pela maioria dos economistas…
A língua é pra lá de sociável. Conversa sem se cansar. E, no vai e…
Porcentagem joga no time dos partitivos como grupo, parte, a maior parte. Aí, a concordância…
O nome do mês tem origem pra lá de especial. O pai dele é nada…
Terremoto tem duas partes. Uma: terra. A outra: moto. As quatro letras querem dizer movimento.…
As línguas adoram bater papo. Umas influenciam as outras. A questão ficou tão banalizada que…
Nome de tribos indígenas não tem pedigree. Escreve-se com inicial minúscula (os tupis, os guaranis,…