As pessoas compram jornal pra não ficar de fora. Querem saber as notícias da cidade, do país e do mundo. Novidade? Não. Até as pedras conhecem a motivação que leva homens e mulheres a assinar periódicos ou a comprá-los em bancas. O surpreendente é a informação sobre a internet. Mais de 80% dos navegadores buscam informação. Não só. Os consumidores do texto impresso ou do digital têm outro ponto em comum — a exigência de qualidade.
O papel e a tela aceitam tudo? Aceitam. Mas o leitor não. Bobeia quem pensa que ele engole o prato sem mastigar. Não engole. Ele impõe condições. Entre as tantas exigências, sobressai o português correto. Nada justifica tropeços de ortografia, flexões, concordâncias, regências. Erros pegam mal. Desacreditam o conteúdo, o repórter e o veículo. Valha-nos, Deus. Quer exemplos? Com a palavra, leitores e internautas:
Relax & cia.
Apreciador de suas observações acerca de erros do Correio Braziliense, registro-lhe (caso tenha passado despercebido) o conteúdo da coluna Fama, de 30 de abril. Na nota “Momento relax”, Gisele Bündchen, sem “exitar”, pratica ioga.” (Diniz de Oliveira Imbroisi)
Ops! Trata-se de descuido pra lá de comum. Talvez por causa da semelhança de sons, muita gente confunde a grafia de êxito e hesito (do verbo hesitar). Foi o caso do repórter. Bastava consultar o dicionário para escapar da cilada. O pai de todos nós não registra “exitar”. Sem o verbete, acende-se a luz: o verbo não existe. Mas hesitar está lá, firme, forte e à disposição — louquinho pra servir.
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