Como diz o Lula no seu surrado cacoete, folheando o Correio Braziliense, en passant, vi no caderno Cidades a reportagem “Engenheiro morre em colisão”. Mania de revisor: chamou-me a atenção o seguinte trecho:
“Amigos e colegas de trabalho da dupla que estava no Astra reuniram-se no local do acidente. Eles conversavam em silêncio às margens da BR-020 sem acreditar no que tinha ocorrido.”
É inusitado “conversar em silêncio”, convenhamos. Pensei se era possível outra forma de conversar além daquela em que é necessário emitir voz. Linguagem de sinais, usada pelos surdos-mudos? Descartei, pois seria o cúmulo de coincidência reunir naquele local tantas pessoas com essa deficiência. Vamos descartar a conversa pelo pensamento, pelo rádio (mesmo porque nesse caso as pessoas não estariam reunidas no local).
A verdade é que foi uma grande mancada de quem escreveu e de quem revisou. Em Belo Horizonte, no Estado de Minas, havia um editorialista, Jair Silva, que escrevia uma coluna chamada “Oropa, França e Bahia”, que brincava pondo a culpa nos linotipistas. Ele enchia uma página com humor de pura inteligência.
Quem sabe a culpa agora também seja do linotipista. Mas…na era da informática?
Do leitor atento
Rivail Franca
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