Minha querida cidade chama-se Campos Altos – um dos mais belos nomes de cidade que conheço. Agora, com a reforma ortográfica, somos os campos altenses, campo-altenses ou camposaltenses?
Weber Luís, Campos Altos
Respire fundo e eleve as mãos aos céus. Você continua campo-altense. O plural, campo-altenses.
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Tenho lido com cuidado os posts do blog que tratam da reforma ortográfica. Fiquei com a pulga atrás da orelha em relação ao co-. Há quem o cite como exceção. Sendo assim, co-réu continua com o tracinho?
Jamir de Jesus, Arcos
O hífen, você sabe, é castigo de Deus. Requer, por isso, constante consulta. O acordo ortográfico citou o co- como exceção a duas regras.
Uma: a que exige hífen quando o prefixo é seguido de h. Assim, em obediência à ordem, escrevemos anti-histórico, anti-histamínico, super-homem, semi-humano, sub-homenagem. Mas: coerdeiro.
A outra: a que impõe o tracinho quando o prefixo é seguido por palavra começada pela mesma letra com que ele termina. É tal história dos iguais que se rejeitam: anti-imperialismo, super-regional, sub-bloco, semi-inglês. Mas: coordenar, coobrigação, coofertar.
Moral da história: com o co- é tudo colado. Para manter a pronúncia original, fica tudo como sempre foi. Dobram-se o r e o s quando houver o encontro de uma dessas letras com vogal. O co- não foge à regra: corréu, corresponsável, semirregional, videorrevista, minissaia, ultrassom.
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