Há alguns dias, ouvi um senador da República falando em feminicídio. A palavra me soou estranha. Ela existe? (Roberto Brandão)
A língua, Roberto, é como coração de mãe. Generosa, aceita mais um, mais um, mais um. O elemento -cídio colabora. No latim, onde nasceu, significa matar. No português, também. Exemplos não faltam. Quem mata uma pessoa comete homicídio. Quem mata o irmão, fratricídio. Quem mata a mãe, matricídio. Quem se mata, suicídio.
O senador, que não nasceu ontem, conhece as manhas da língua. Criou feminicídio. A palavra não figura no dicionário. Mas é de formação legítima. O significado? Está na cara — matar o feminino. Trata-se da barbárie que impera mundo afora: roubar a vida de mulheres. Xô!
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