Estava na fila do banco do tribunal. Um senhor com pinta de advogado indignou-se com a moça do caixa: — Minha filha, o que quero é um papel para mim assinar. Você está me entendendo? Ou estou falando grego? Se ele fala grego, não sei. Mas “pra mim assinar” não é português. Ou é? (Sérgio Sampaio)
Mim não faz nem acontece. Eu é que faço e aconteço. O sujeito só pode ser eu: Papel para eu assinar. Trabalho para eu fazer. Livro para eu ler.
Não é sujeito? O mim pede passagem: Quero um papel para mim. Fez o trabalho para mim. Para mim não é bom comer agora.
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