A história se repete num ano e noutro também. Dois meses antes do Natal, sem-teto invadem Brasília. Vêm de Europa, França e Bahia em busca de gordas esmolas. Os moradores do Distrito Federal correspondem. Resultado: canteiros do Plano Piloto se cobrem de barraquinhas pretas. Nelas, famílias se abrigam para aproveitar a generosidade popular.
Fotos e denúncias aprecem em jornais. A cada dia aumenta o número de invasores. O que fazer? Enquanto a resposta não vem, vale lembrar diquinha da reforma ortográfica. Nomes formados com sem- grafam-se sempre com hífen: sem-teto, sem-terra, sem-banco, sem-celular.
A flexão? É sem-sem — sem feminino e sem plural: Os sem-terra invadem fazendas. Sem-teto montam barracas no centro da cidade. A sem-banco protestou diante do Palácio do Planalto.
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