Chove de norte a sul do Brasil. São as águas de março despedindo o verão. Mas São Paulo está sendo especialmente castigada. Alagamentos, enxurradas, enchentes, queda de árvores e perda de vidas são constantes no quadro dramático. A repórter Cíntia Cardoso escrevia sobre o assunto. Ficou curiosa ao observar duas palavras — enxurrada e enchente. Por que uma se grafa com x e a outra com ch?
Cíntia, trata-se de uma das poucas regras de grafia. Depois de en, dê passagem ao x. Assim: enxoval, enxame, enxada, enxergar, enxaqueca, enxaguar, enxerto, enxugar, enxofre, enxurrada.
Há exceções? Não. O que existe é regra que fica acima de todas as outras. Ei-la: a família acima de tudo. Diante dela, cessa tudo o que a musa antiga canta. A palavra derivada mantém-se fiel à primitiva — sem choro nem vela: cheio (encher, enchente), charco (encharcado), chapéu (enchapelar), chocalho (enchocalhar).
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