“Fujo do gerúndio como o diabo da cruz”, costumava repetir Graciliano Ramos. O autor de Vidas secas tinha razão. A forma nominal parece chiclete. Aceita mordidas, sopros, puxadas, colas, carícias. Resultado: perde precisão. Não raro pisa a norma culta. Descompromissada, não está nem aí pro emprego das classes gramaticais.
Uma das vítimas é a preposição com. Ganha um bombom Godiva quem não tiver lido frases como estas: Comprei uma caixa contendo 20 bombons. Vende-se um apartamento contendo quatro suítes e duas garagens. Recebi a pasta contendo as certidões solicitadas. Enviei e-mails contendo dados sobre o concurso.
Xô, intruso! Vem, dona da casa: Comprei uma caixa com 20 bombons. Vende-se um apartamento com quatro suítes e duas garagens. Recebi a pasta com as certidões solicitadas. Enviei e-mails com dados sobre o concurso.
A língua é pra lá de sociável. Conversa sem se cansar. E, no vai e…
Porcentagem joga no time dos partitivos como grupo, parte, a maior parte. Aí, a concordância…
O nome do mês tem origem pra lá de especial. O pai dele é nada…
Terremoto tem duas partes. Uma: terra. A outra: moto. As quatro letras querem dizer movimento.…
As línguas adoram bater papo. Umas influenciam as outras. A questão ficou tão banalizada que…
Nome de tribos indígenas não tem pedigree. Escreve-se com inicial minúscula (os tupis, os guaranis,…