Palavras inocentes? Não existem. Algumas têm mais peso; outras, menos. Mas todas contam. Gilmar Mendes se esqueceu dessa delicadeza. Durante uma live, criticou a presença de membros das Forças Armadas no governo. Disse que “o Exército se associa a um genocídio” ao participar das políticas de apoio ao combate à covid-19 no Ministério da Saúde. Ops!
O ministro da Defesa protestou. O vice-presidente também. Ambos rejeitaram a palavra “genocídio”. Com razão. O vocábulo é dos tais que pesam toneladas. Significa “extermínio deliberado, parcial ou total, de uma comunidade, grupo étnico, racial ou religioso” (Houaiss). É o caso de Hitler ao matar 6 milhões de pessoas, a maioria de judeus, em campos de concentração.
Etimologia
Genocídio tem duas partes:
1. Uma vem do grego: geno-, que quer dizer raça, tribo, tronco, família
2. A outra vem do latim –cídio, que significa matar. Daí homicídio, suicídio, matricídio.
Moral da história
Ministro Gilmar, que tal uma palavra mais leve? O dicionário tem 500 mil verbetes. É só escolher.
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