Jorge de Souza morava no Rio. Mudou-se pra Pernambuco. Fanático por rádio, passa horas ouvindo notícias, música, comentários. Nada escapa. Outro dia, sintonizou um programa policial. O locutor narrava o episódio ao vivo. Aos gritos, anunciava:
— O bandido fugou! O bandido fugou! Vai-se encontrar com os companheiros que fugaram.
Fugou? O que é isso, companheiro? Jorge prestou atenção ao contexto. O prisioneiro havia fugido. Pra dar o recado, o jornalista recorreu a verbo esquisito — fugar, filhote de fuga. A criatura existe? Existe. Mas está em desuso.
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