Parece jogo de palavras. Mas não é. Questão semelhante quebrou a cabeça dos brasileiros no século 19. Em Memórias Póstumas de Brás Cubas, Machado de Assis escreveu: “Não sou um autor defunto, mas um defunto autor”.
Ao afirmar “não sou um autor defunto”, Machado se disse diferente dos demais escritores. Alencar, Clarice & cia. escreveram em vida. São autores defuntos. Brás Cubas fez a mágica. Escreveu as memórias depois de morto. Foi defunto que virou autor. E Flordelis? É pastora deputada — pastora que se tornou deputada.
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