Você viu? O eclipse cobriu o luão que reinava no céu. Adultos e crianças olhavam pro alto pra ver o fenômeno. A escuridão começou devagarinho. Foi avançando, avançando, avançando. Fez-se o breu. Depois, começou o movimento contrário. Fez-se a luz.
Os sites festejaram o acontecimento. A maioria recorreu ao verbo poder. E acertou. “Brasiliense pôde ver o eclipse”, escreveu o correiobraziliense.com. Viva! Pôde e pôr são os únicos vocábulos da língua com acentos diferenciais. O primeiro mira o verbo poder. Distingue o pretérito perfeito do presente do indicativo (ontem ele pôde, hoje ele não pode). O segundo evita conflitos do verbo com a preposição: Vou pôr o livro na estante por assunto.
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