Falcatruas não faltam. Certos da impunidade, diretores desviam dinheiro da merenda escolar, fiscais fazem negociatas com impostos, administradores contratam obras superfaturadas. A mais recente: esquisitices na venda da Varig. Denise Abreu pôs a boca no trombone. Enlameou gregos e troianos.
O assunto foi manchete nos jornais e telejornais. Ganhou capa em revista semanal. Todos recorreram a um termo para definir o que poderia ser, mas não é. Trata-se da palavra fantasma. Na hora de escrever sócios fantasmas, pintou um senhor problema na cabeça dos redatores. Com hífen? O adjetivo se flexiona ou não?
A central de palpites entrou no ar. A discussão durou minutos sem fim. Sem resultado, o jeito foi dar um jeito – partir pra consulta. Eis a resposta: sócios fantasmas joga no time de navio fantasma, firma fantasma e funcionários fantasmas. O hífen não tem vez. E fantasma concorda com o substantivo a que se refere.
É isso.
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