Somos criaturas sociais. Por isso, adoramos conversar. No bate-papo, contamos casos, emitimos opiniões, citamos falas alheias. O verbo, claro, entra na roda e desempenha senhor papel no texto. Ele dá nuanças à declaração. Dizer — claro, pequeno, íntimo — é o mais neutro, mas nem sempre o mais adequado.
Ao substituí-lo, abra os olhos e limpe os ouvidos. Sem atenção plena, você pode confundir as bolas e confirmar o alerta de Mário Quintana: “A gente pensa uma coisa, diz outra, o leitor entende outra, e a coisa propriamente dita desconfia que não foi propriamente dita”. Quer ver?
“O rebaixamento da Petrobras é injusto”, disse Dilma. “O rebaixamento da Petrobras é injusto”, insistiu Dilma. “O rebaixamento da Petrobras é injusto”, alertou Dilma. “O rebaixamento da Petrobras é injusto”, protestou Dilma. “O rebaixamento da Petrobras é injusto”, enfatizou Dilma. “O rebaixamento da Petrobras é injusto”, mentiu Dilma.
A língua é pra lá de sociável. Conversa sem se cansar. E, no vai e…
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As línguas adoram bater papo. Umas influenciam as outras. A questão ficou tão banalizada que…
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