Estava na fila do banco do tribunal. Um senhor com pinta de advogado indignou- se com a moça do caixa:
— Minha filha, o que quero é um papel para mim assinar.Você está me entendendo? Ou estou falando grego?
Um cliente que aguardava na fila não se conteve:
— Se o senhor fala grego, não sei. Mas, “pra mim assinar” não é português.
É isso. Mim não faz nem acontece. Eu é que faço e aconteço. O sujeito é eu: Papel para eu assinar. Trabalho para eu fazer. Livro para eu ler.
Não é sujeito? O mim pede passagem: Quero um papel para mim. Fez o trabalho para mim. Para mim não é bom comer agora.
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