FOLCLORE — O berço dessa palavra se deve ao antiquário inglês William John Thoms. Em 22 de agosto de 1846 — dia em que, aliás, se comemora o Dia do Folclore —, usando o pseudônimo de Ambrose Merton, ele publicou um artigo com o título Folk-lore na revista The Athenaeum, de Londres. Propunha o termo como apropriado ao estudo das lendas, tradições e superstições de um povo. Folk quer dizer (afim do alemão Volk), povo, nação, família + lore, (afim do inglês to learn), instrução, conhecimento, saber . Portanto, folk-lore ou folclore é a reunião das manifestações da sabedoria popular. Depois, o vocábulo passou a designar a cultura originária das classes menos favorecidas, instrumento da história não escrita de um povo. Hoje, é reconhecido como ciência, a ponto de tornar seu objeto um tema de educação nas escolas e um bem protegido pela UNESCO. Não é, por conseguinte, e como muitos pensam, simples coleção de fatos isolados e disparatados, e sim a fascinante reunião de tudo aquilo transformado, desde tempos imemoriais, um tesouro inesgotável De certa forma, excelente lenitivo para a sofrida espécie humana. . . CARDÁPIO – Neologismo criado pelo filólogo brasileiro Castro Lopes, com o que pretendia substituir o menu francês. Formou-se a partir das palavras latinas charta, folha de papiro, papel escrito e dapis, qualquer tipo de refeição ou comida. A palavra evoluiu para a supressão da sílaba ta, ficou cardapis e, afinal, cardápio, a lista escrita das iguarias disponíveis numa refeição. Embora usado hoje, o vocábulo não conseguiu desalojar completamente o menu, que se universalizou a partir de seu berço na frase indication de ce qu’on aura à manger le plus menu détail, ou seja, indicação do que se tem para comer, até o mais miúdo pormenor. Bom motivo para abrir o apetite . . . * * * O leitor Sérgio Beltrão deseja conhecer o berço do nome de sua cidade natal, Tacaimbó (PE). A povoamento do lugar teve início na segunda metade do século 19. Foi quando lá chegou o sr. Luiz Alves Maciel, que se instalou numa fazenda. Mais tarde, em função da atividade pecuária e dos vários currais ali existentes, o lugarejo ficou conhecido como Curralinho. Anos depois, a empresa Great-Western construiu a primeira estrada de ferro da região, inaugurada em 25 de dezembro de 1896. Na ocasião, o povoado ganhou o nome de Antônio Olinto, em homenagem ao engenheiro que construiu a estação da ferrovia. O nome Tacaimbó é indígena e significa pau oco. Lembra a tribo dos índios itacaités, que ali habitaram. Tacaimbó teve o nome oficializado em 1945. A cidade possui cerca de 15 mil habitantes e sua atividade predominante é a agropecuária. O ritmo do coco é uma de suas principais manifestações culturais e na feira de artesanato que lá se realiza todo sábado, marcada pela produção de bordados, ele é cantado e dançado em roda. A senhora Lúcia Freitas, secretária da prefeitura local, informa, com orgulho, que o município tem tido notável progresso e seus habitantes são conhecidos pela hospitalidade e cordialidade. Acrescenta delicado convite para uma visita. Quem sabe?
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