A língua é um conjunto de possibilidades. Oferece vários caminhos para chegar ao mesmo lugar. Um deles é a estrutura fechada — este…aquele. A duplinha é charmosíssima. Por duas razões. Uma: evita a repetição de nomes. A outra: dá show de pontuação.
Paulo e João estudam na UnB. João cursa direito, Paulo cursa economia.
Feia, não? O período ficou pesado. Tem muitas repetições. Paulo aparece duas vezes. João também. Cursa idem.
Que tal ser mais econômico? Em certas horas, bancar o Tio Patinhas conquista o leitor. Garante pontinhos na prova. Assegura promoção no emprego. A língua, generosa, dá sua mãozinha.
Paulo e João estudam na UnB. Este cursa direito; aquele, economia.
Reparou? O este substitui o nome mais próximo (João). O aquele, o mais distante (Paulo). Para não repetir o verbo, recorremos à vírgula. O sinalzinho diz que ali era lugar do cursar.
E o ponto-e-vírgula? A dupla é chique que só. Separa as orações coordenadas. Por que ela teve vez? É simples. No período aparecem duas vírgulas. Uma substitui o verbo. A outra separa orações coordenadas. Para evitar confusões, as coordenadas ficam com a dose dupla.
Está claro? Então marque a opção nota 10:
a. Maria e Carla são bancárias. Esta trabalha no Itaú; aquela, no Bradesco.
b. Maria e Carla são bancárias. Esta trabalha no Itaú; essa, no Bradesco.
Marcou a a? Viva!
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