Brasília completou 50 anos ontem. Ganhou homenagens de Europa, França e Bahia. A TV lhe dedicou programas especiais e amplos espaços nos noticiários. Os jornais imprimiram revistas ou cadernos alusivos à data. Outdoors tomaram conta da cidade.
“Parabéns Brasília”, diz um deles. Bobeou. O redator da mensagem se esqueceu de pormenor pra lá de importante. Brasília é o vocativo. Elitista, ele não se mistura aos demais termos da oração nem a pedido dos deuses do Olimpo: Parabéns, Brasília. Brasília, parabéns. Bem-vindo, Paulo. Paulo, bem-vindo. Seja bem-vindo, Paulo.
Muitos confundem o vocativo com o sujeito. Por isso deixam a vírgula pra lá. Pra acertar sempre, lembre-se de dica superútil. O vocativo pode ser antecedido de ó. O sujeito não: Parabéns, ó Brasília. Ó Brasília, parabéns.
Em “Brasília é a capital do Brasil”, Brasília é o sujeito. Escrever “Ó Brasília é a capital do Brasil”? Nem pensar. Não tem sentido. Xô!
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