O que é certo no Brasil? As chuvas. Apesar da certeza, sai ano, entra ano, as águas nos pegam desprevenidos. Há pouco, foi a vez de Minas Gerais. Agora, do Rio e de São Paulo. Com as tempestades, duas palavras voltam às manchetes. Uma: enxurrada. A outra: enchente. Pinta, então, a pergunta: por que uma se grafa com x e a outra com ch?
A questão procede. É que, depois de en-, o x pede passagem: enxada, enxofre, enxoval, enxugar, enxergar, enxaqueca, enxurrada. E por aí vai.
Enchente joga em outro time. Faz parte da equipe que mantém a família acima de tudo. Derivada de cheio, conserva o ch: cheio, encher, enchente.
Vale lembrar
Na pronúncia, as duas letrinhas do en- formam ditongo (ein). Por isso, a regra se amplia. Depois de ditongo, o x ganha banda de música e tapete vermelho: coisa, caixa, baixa, faixa, ameixa, deixar, feixe, gueixa, paixão, caixão, peixe, queixa, Teixeira.
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