Pronome eu
Não importa o partido. Nem o sexo. Nem a idade. Os candidatos têm uma característica comum. São ególatras. Adoram-se acima de tudo. Sem modéstia, rivalizam com Deus. Por isso, o eu é a grande vedete dos palanques eletrônicos. Ao usá-lo, porém, os pidões caem em cilada que arrepia cabelos e afugenta amigos, inimigos e nem uma coisa nem outra.
“Entre eu e o eleitor”, dizem uns. “Entre eu e minha equipe”, outros. Valha-nos, Deus! Na egolatria, homens e mulheres não deixam dúvida — foram maus alunos ou mataram aula. Não aprenderam que o pronome eu tem alergia à preposição. Antecedido por ela, bate asas e dá a vez ao irmãozinho mim: Gosta de mim. Trabalha para mim e para você. Nada existe entre mim e o eleitor. Só existe entre mim e minha equipe.
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