Somos sortudos. Eis o recado do programa eleitoral. Independentemente do eleito, o paraíso será aqui. Dilma, Marina, Aécio & cia. louquinha pelo Planalto são gente de casa. Parece que nos encontram todos os dias. Falam conosco a toda hora. Conhecem pai, mãe, irmãos e filhos dos 200 milhões de brasileiros.
Aquela história do José Maria Alkcmin podia ter sido protagonizada por qualquer um deles. Lembra-se? O político mineiro encontra um homem. Cumprimenta-o com entusiasmo. Depois ambos batem este papo:
— Como vai seu pai?
— Morreu há dois anos.
— Morreu pra você, filho ingrato. No meu coração, ele continua vivo.
Qual o truque de tanta intimidade? O sorriso ajuda. Os abraços também. Criancinhas no colo? Nem se fala. Depoimento do povo, então… A língua também dá senhora ajuda. Todo mundo é meu amigo, minha gente, meus companheiros. Quem resiste?
Senões? Só um. É a falta de intimidade com o português. Entre tapas e beijos, pronúncias, grafias, pronomes, pleonasmos, regências & cia. maltratada quebram o encanto. Exemplos pululam ao longo do programa.
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