Sérgio Morais não deixou por menos. Em alto e bom som, disse que está pouco se lixando pra opinião pública. “As consequências”, ensina o conselheiro Acácio, “vêm depois.” E vieram. O deputado perdeu a função de relator do processo que julga o dono do castelo de R$ 25 milhões por falta de decoro parlamentar. Perdeu, mas manteve a pose. “A frase não foi boa. Foi infeliz”, disse ele. “Mas não retiro ela.”
Ops! O homem não se lixa só pra opinião pública. Lixa-se também pro português. Ele pisa a gramática sem piedade. Esqueceu (ou não chegou a aprender) lição lá da escola primária. Nos tempos em que professor ensinava e aluno aprendia, os mestres repetiam:
— Os pronomes retos (eu, tu, ele, nós, vós eles) funcionam como sujeito. Os oblíquos (me, te, se, lhe, o, a, nos, vos), como objeto.
Assim:
Eu estudo a lição. Eu a estudo. Ele lê o livro. Ele o lê. Não retiro a frase. Não a retiro.
Moral da história: Sérgio Morais foi mau aluno.
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