Nós adoramos salamaleques. A língua, flexível como água, se molda a nossos caprichos. Uma das demonstrações de solidariedade da puxa-saco são os pronomes de tratamento. Afinal, nem todos são iguais perante a gramática. Alguns são mais iguais. É o caso das autoridades.
Os poderosos não só têm poder. Precisam demonstrar o poder. O papa, por exemplo, é santidade. Os cardeiais, eminências. Os patriarcas das igrejas ortodoxas, beatitudes. Os bispos, excelências reverendíssimas. Sacerdotes em geral, reverendíssimas. É assim
Olho vivo, moçada. No emprego dos pronomes de tratamento, um cuidado se impõe — distinguir a 2ª e a 3ª pessoa. A segunda é a criatura a quem nos dirigimos. Se falamos com o papa, o cardeal, o bispo & cia. abençoada, usamos Vossa. Se falamos sobre a autoridade, damos a vez ao Sua. Assim: Cardeal, Vossa Eminência sabe por que Sua Santidade renunciou?
A língua é pra lá de sociável. Conversa sem se cansar. E, no vai e…
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