O Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) está com uma peça em cartaz. Trata-se de Antes da coisa toda começar. Os amantes do palco adoraram a obra. Mas questionaram o nome. “Ele desrespeitou a norma culta”, dizem eles. E explicam: “O sujeito não pode ser preposicionado. Portanto, o artigo que o antecede deve estar separado da preposição. Assim: Antes de a coisa toda começar”. Certo?
O sujeito é pra lá de elitista. Nega-se a se misturar com certos elementos. Um deles: a preposição. Antes dele, a combinação da preposição com o artigo ou o pronome não tem vez. Impõe-se deixar uma lá e outro cá. Na frase em questão, coisa é o sujeito. Por isso o da precisa separar-se. Outros exemplos: Apesar de o ministro (sujeito) negar, é certo o adiamento da votação do Código Florestal. A fim de o povo (sujeito) se familializar com as novas regras, ampla campanha será veiculada pelos meios de comunicação.
A mesma regra se aplica a de este e de ele: Apesar de essa informação (sujeito) ter sido confirmada, há dúvidas sobre a veracidade de pormenores. A fim de ele (sujeito) continuar no páreo, deve se submeter às regras do jogo.
Vale lembrar. O artista tem licença poética. Pode desrespeitar as regras gramaticais. Drummond se valia do privilégio. Quando Cacilda Becker nos deixou, escreveu: “Cacilda Becker morreram”.
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