Já reparou? As crianças adoram livrinhos. Elas são pra lá de curiosas. Não se satisfazem só com as imagens. Insistentes, perturbam pai, mãe, irmão, amigo ou empregado para lhes ler as historinhas. E o fazem uma, duas, três, muitas vezes. Não se cansam. Depois, crescem. Entram na escola. Alfabetizam-se. E, curiosamente, o interesse pelos livros cai. Por quê? Há muitas respostas. Uma talvez esteja no decálogo de Daniel Penac. Nele, figuram os direitos imprescritíveis do leitor. Ei-los:
1 . O direito de não ler.
2 . O direito de pular páginas.
3 . O direito de não terminar um livro.
4 . O direito de reler.
5 . O direito de ler qualquer coisa.
6 . O direito ao bovarismo (doença textualmente transmissível) .
7 . O direito de ler em qualquer lugar.
8 . O direito de ler uma frase aqui e outra ali.
9 . O direito de ler em voz alta.
10 . O direito de calar.
Bovarismo, segundo Penac, é a satisfação imediata e exclusiva de nossas sensações: a imaginação infla, os nervos vibram, o coração se embala, a adrenalina jorra, a identificação opera em todas as direções e o cérebro troca (momentaneamente) os balões do cotidiano pelas lanternas do romanesco. É nosso primeiro estado de leitor. Delicioso…
A língua é pra lá de sociável. Conversa sem se cansar. E, no vai e…
Porcentagem joga no time dos partitivos como grupo, parte, a maior parte. Aí, a concordância…
O nome do mês tem origem pra lá de especial. O pai dele é nada…
Terremoto tem duas partes. Uma: terra. A outra: moto. As quatro letras querem dizer movimento.…
As línguas adoram bater papo. Umas influenciam as outras. A questão ficou tão banalizada que…
Nome de tribos indígenas não tem pedigree. Escreve-se com inicial minúscula (os tupis, os guaranis,…