Agosto começou quente, hem? De olho no Congresso, ninguém se lembrava de José Dirceu & cia. A atenção estava concentrada no presidente da Câmara. Ele ameaçava com pauta-bomba – projetos que aumentam as despesas do governo. Mas, mal nasceu a segunda-feira, ops! Duzentos policiais agiam pra cumprir mandados. Precisavam prender envolvidos na Operação Lava-Jato. É aquela mesma: a que apura a roubalheira na Petrobras. Que surpresa!
O inesperado pegou muita gente pelo pé. É o caso de procuradores, repórteres e comentaristas. Na pressa, muitos confundiram Germano com gênero humano. Trocaram grafias, pisaram regências, deram poder a quem não tem e tiraram de quem tem. As vítimas foram muitas. Entre elas, sobressaíram o verbo chegar e o prefixo ex. Vamos a eles?
A que lugar?
A torto e a direito se ouvia: “José Dirceu chegou na Polícia Federal”. Chegar na polícia? Não. Com a preposição em, não se chega a lugar nenhum. A gente chega a algum lugar: chega a São Paulo, chega a Brasília, chega ao clube. Dirceu não foge à regra. Chega à Polícia Federal.
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