Na amazônia existe uma criatura muito especial. É o boto cor-de-rosa. Ele mora no fundo dos rios Negro e Solimões. Nas noites de festa junina, sai de casa perfumado, vestido de branco, com chapéu da mesma cor na cabeça. Chega ao baile lindo — com a pele bronzeada e o sorriso mais sedutor do mundo. Ali, procura a moça mais bonita que esteja desacompanhada.
Os dois dançam. Parecem voar na pista. Enquanto bailam, conversam. A jovem fica tão encantada que sai com ele antes de amanhecer. O boto a leva pra baixo da água. Namoram. No dia seguinte, ele a devolve para a superfície. Ela descobre que está grávida. Quando lhe perguntam quem é o pai da criança, ela responde: “É o boto”. Ninguém acredita.
Boto
O boto cor-de-rosa é lenda da Região Norte do Brasil. Lá, sempre que uma moça solteira aparece grávida, dizem que o pai da criança é o boto.
Só ela
Cor-de-rosa é privilegiada como o boto. Só ela se escreve com hífen.
Outras cores
As irmãzinhas de cor-de-rosa se escrevem livres e soltas. Assim, sem o tracinho: cor de laranja, cor de marfim, cor de gelo, cor de mel, cor de barro.
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