Saias justas não são novidade no Palácio do Planalto. A mais recente pintou na Comissão de Ética Pública. O ministro Sepúlveda Pertence jogou a toalha. Deixou a presidência do órgão depois do veto de Dilma Rousseff à recondução de dois conselheiros indicados por ele. A saída abriu crise na Esplanada e na língua. O pomo da discórdia: não recondução se escreve com hífen? Sem hífen?
O nó nos miolos se explica. Em tempos recentes, substantivos antecedidos de não ora se escreviam com o tracinho. Ora sem. Era um deus nos acuda. Só a consulta ao dicionário jogava alguma luz na questão. A reforma ortográfica pôs ponto final no problema. Com o não, nada de hífen: não ingerência, não intervenção, não fumante. E, claro, não indicação.
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